Gravidade e Big-Bang 2012 (2)


Robson Z. Conti
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Posted: Mon Jul 09, 2012 11:28 am Post subject:




Olá Jonas,

Também sou cético em relação aos grávitons (e ao restante da teoria quântica também, observando que não refuto dados, apenas às interpretações que Bohr, Heisenberg, Everett & Cia deram a eles, sou mais de acordo com as posições do Schroedinger).

A minha atual posição em relação à força gravitacional é que flutuações na densidade do espaço deste universo (limitado por uma fronteira adiabática tipo tropopausa) produzem força que empurra um corpo contra o outro, da mesma maneira que ocorre quando dois condutores paralelos são percorridos por correntes elétricas em idêntico sentido.

Na postagem anterior eu escrevi que a força gravitacional se deveria “à turbulências residuais da força eletromagnética”, o que pode dar a impressão de que eu esteja considerando que as duas sejam a mesma (se bem que a força gravitacional e a eletrostática têm fórmulas com idêntica estruturação, apenas substituindo-se massas por cargas).

Neste cenário, a força gravitacional seria decorrente de variações da densidade de partículas elementares de matéria (préons) em uma região delimitada por uma fronteira adiabática, em função da interação que os fluxos de energia escura teriam com os campos elétrico e magnético das estruturas massivas, compostas principalmente por prótons, elétrons e nêutrons.

Mas nem sempre tive esta opinião. Anteriormente ela já foi de concordância com a tese da força gravitacional ser efeito da expansão cósmica, mas passei a repensar a minha posição ao, à época, observar que “olhando bem para este universo, assim como quando olhamos para um furacão de lado... não parece haver a menor necessidade de expansão do espaço, muito menos do tempo ser relativo e nem dos dois grudarem um no outro e virarem espaço-tempo para que a [atração devido à] força gravitacional exista em um sistema deste tipo” (eu já andava desconfiado de um princípio comum de funcionamento do mundo e de suas coisas).

Continuando, escrevi que “para qualquer partícula ou estrutura, esteja ela a distância que esteja, qualquer variação na densidade de partículas ... provocará efeitos no oceano de partículas elementares, pois havendo menor ou maior ocupação do espaço disponível em uma região, isto produzirá efeito no restante deste espaço, se este estiver entre fronteiras adiabáticas. Seria algo como o princípio de Arquimedes, em que o volume ocupado por um corpo imerso em um fluido produziria consequências em todo o recipiente.

Em função disto escrevi à época que ...“não me sinto à vontade para negar a possibilidade da gravidade ser o produto apenas da pressão de partículas elementares de matéria e não da expansão ou aumento do nosso universo.

Em relação às trajetórias espirais que você propõe para os corpos em sua Teoria Asnática (TA), há algum tempo (2009-2010) eu também pensei sobre isto e escrevi que “na experiência mental (Gedanken Experiment) em que Einstein nos leva a imaginar a trajetória que um impulso luminoso que, em um trem em movimento, atinge um espelho colocado perpendicularmente abaixo de um emissor de luz e se verifica a diferença entre a trajetória do impulso luminoso quando observado por alguém dentro do vagão em movimento (dois segmentos de reta, coincidentes e em sentidos opostos, já que o espelho reflete o impulso luminoso exatamente contra o seu ponto de origem) ou por alguém que observe o mesmo evento na plataforma da estação (duas diagonais, uma do emissor de luz até o espelho e outra do espelho ao ponto emissor de luz) pode ainda haver uma outra consequência além da constatação de diferenças entre trajetórias do mesmo evento quando observadas de pontos diferentes (e a consequente interpretação da dilatação/contração de objetos, espaço e tempo de objetos em movimento relativo).

Considerando-se que o trem está movendo-se em velocidade constante e em terreno plano (ou substituindo o trem por um avião que voa também em velocidade e altitude constantes), teremos o trem (ou o avião) movendo-se de modo a acompanhar a curvatura da Terra. E se o trem ou avião tem uma trajetória curva, a primeira diagonal faria, do ponto de vista de quem observasse o evento de fora do planeta, um trajeto também curvo para atingir o espelho, tal qual uma pedra atirada do alto do mastro de um navio em movimento seria observada por um observador postado em terra firme (descreveria uma semi parábola). A segunda diagonal, a que vai do espelho ao ponto de origem do impulso luminoso, também faria uma curva, pois aparenta-me que, tendo que necessariamente atingir o local de onde partiu e este estando fazendo uma trajetória curva, obrigaria a luz a fazer também uma curva para atingi-lo.

Se eu não fiz nenhuma consideração equivocada e isto for verdadeiro, já teremos obrigado a luz a fazer curvas. Além disto, caso uma parte deste impulso luminoso (que retorna do espelho) passe pelo ponto de origem e (no caso do trem ou avião não ter teto) continue o seu trajeto e atinja o espaço interplanetário, continuará a descrever uma curva e a efetivamente girar em torno do centro da Terra em espiral (em uma rosca sem fim) com raio cada vez maior. Não sei se há alguma consequência prática ou alguma conclusão a respeito disto, mas seria muito estranho, na minha opinião, constatar que a luz, além de fazer curvas ainda teria trajetórias girantes (se bem que em espirais abertas e não em formato de anel) ao redor de algo e causado por um evento tão simples e fácil de produzir. A dúvida que ainda tenho é se a luz se comportaria da mesma maneira que uma pedra ou se teria comportamento diferente nas mesmas condições.

Se considerarmos que nas regiões próximas ao equador da Terra a velocidade é em torno de 1670 Km/h, se o experimento acima descrito for executado em uma superfície “plana” (isto é, com os seus pontos equidistantes do centro da Terra, ou seja, a superfície “plana” terá uma curvatura equivalente à da superfície do planeta) já produziremos um sistema que levará a luz refletida por um espelho voltado para cima a deslocar-se em trajetória espiral, não necessitando de avião ou trem para tanto (para observar o efeito, o observador haveria de estar ao sul ou ao norte do ponto em que estivesse o espelho). O mesmo se aplica a qualquer outro ponto deste ou de outro planeta, com a exceção virtual de apenas dois pontos: o polo norte e o polo sul.

Neste cenário, a luz emitida por estruturas rotativas (como estrelas e outros corpos massivos) desenvolveria trajetória efetivamente espiral, apesar de continuarmos a vê-la como reta.

A revolução copernicana ainda não terminou

PS: A impressão que tenho é que a sua sobrinha-neta foi exposta à sua explicação a respeito do que é a causa da força gravitacional na TA e na TRG, o que a torna receptiva e predisposta a aceitar a validade de ambas as teses (e também da minha antiga maneira de pensar), pois a criança não tem ainda capacidade de discernimento a respeito dos detalhes que produzem as diferenças entre elas.
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Mon Jul 09, 2012 5:10 pm Post subject:




Robson, o grande problema dos fotons que rebatem nos espelhos, vem de uma frase do próprio Einstein:

"A luz que chega aos meus olhos não é a mesma luz que chega aos seus.
Nesse contexto, esse experimento mental pode ser objeto de desconfiança.

Quanto ao desenvolvimento de sua teoria, continuo intrigado com a pressão atmosférica de Venus. Um planeta que tem uma aceleração gravitacional próxima a da Terra não poderia jamais ter uma pressão atmosférica quase 100 vezes maior.

Pressões assim, em nosso planeta, somente em águas marítimas profundas.

Já foram enviadas sondas para Venus. Elas chegaram ao solo. Como? Não deveriam flutuar, de acordo com o princípio de Arquimedes? Qual seria a densidade da atmosfera venusiana?
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Bertrand Russell

Robson Z. Conti
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Posted: Mon Jul 09, 2012 5:36 pm Post subject:




O bom velhinho tinha razão quanto aos fótons que atingem um ponto não poderem ser os fótons que atingem outro ponto. Mas isto não altera a situação que levaria alguns fótons a se deslocarem em trajetórias espirais no contexto apresentado.

Já enviamos várias naves a Vênus (americanas e soviéticas). Mesmo com uma PA pouco mais de cem vezes maior que a nossa, a densidade da atmosfera venusiana ainda é dezenas de vezes menor que a dos metais utilizados na construção das naves. O equilíbrio isostático não tem como ocorrer neste caso.

Mesmo na Wikipédia há farta informação a respeito das missões e outros dados a respeito de Vênus.

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Bosco
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Posted: Mon Jul 09, 2012 6:55 pm Post subject:




Jonas Paulo Negreiros wrote:
Um planeta que tem uma aceleração gravitacional próxima a da Terra não poderia jamais ter uma pressão atmosférica quase 100 vezes maior.

Como não? Basta adicionar mais massa de gás até atingir o valor que se queira ou que a parte inferior se liquefaça.
Por outro lado, se lá não houvesse gás, a pressão atmosférica seria nula, apesar da gravidade local.
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Robson Z. Conti
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Posted: Mon Jul 09, 2012 11:03 pm Post subject:




Olá Bosco,

Aparenta-me que o Jonas está se referindo a uma força gravitacional venusiana menor que a aqui existente produzir uma pressão atmosférica (PA) mais de cem vezes maior que a nossa. Pelas lendas que aqui existem a respeito da força gravitacional produzir a PA, isto não poderia ocorrer.

Só que a PA não é função da força gravitacional e sim da quantidade de gases confinados em determinado volume, o que pede meios capazes de fazer este confinamento, o que, tanto aqui quanto em Vênus, é feito pela tropopausa.

O que nos leva de volta ao assunto em que este detalhe foi lembrado, como evidência de que a PA não é função de força gravitacional e de que este universo pode ter fronteiras adiabáticas do mesmo tipo da tropopausa, mantendo uma pressão (o que tornaria o espaço interplanetário um falso vácuo) universal que produziria a força gravitacional (a qual deixaria de ser atrativa para tornar-se uma pressão em direção ao centro de massa dos corpos).

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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Tue Jul 10, 2012 7:52 am Post subject:




Oi, Robson, Oi Bosco!

A absurda pressão de Vênus pode ser decorrente da gravidade solar. Se o éter é alguma forma de gás, a pressão do éter é muito maior à maneira que se aproxima do sol. Como Vênus está mais próximo do Sol que a Terra, o éter "pressionaria" a atmosfera venusiana de forma mais intensa que na Terra.

Desta maneira, a pressão gasosa entre os planetas continuariam a ser função de gravidade do Sol mais a gravidade de cada planeta!

Se assim for, o desvio da luz das estrelas no eclipse de Sobral foi apenas um efeito de refração, quando a luz passa por meios cujas pressões são diferentes.
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Robson Z. Conti
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Posted: Wed Jul 11, 2012 8:30 am Post subject:




Tentando não recorrer ao éter, alterei a proposta do Jonas e pensei em um cenário no qual a PA de cada planeta seria determinada pela interação do vento solar com os gases da atmosfera dos mesmos. Só que esta alteração produziria maior PA na região de cada planeta voltada para o Sol (como ocorre com o campo magnético), o que não é observado na prática (ou seja, a minha alteração está descartada por contrariar fatos).

Se eu entendi a proposta original dele, uma pressão estática de éter dentro da heliosfera e similar à PA dentro de cada planeta, produziria uma força dirigida ao centro de cada um deles (como ocorre com a PA aqui na Terra), o que aumentaria a resistência à fuga dos gases dos mesmos planetas e consequentemente uma PA proporcionalmente dimensionada por estes parâmetros.

A princípio é algo que faz sentido (e é a descrição do que estou desconfiado ser um dos mecanismos capazes de produzir força gravitacional). Um problema inicial para a avaliação desta proposta é que a pressão interna de um recipiente depende substancialmente da quantidade de fluidos ali existentes e não apenas da força externa, e cada planeta tem uma peculiaridade muito grande no que tange à produção de gases que ficariam desta forma confinados.

Ficando apenas nos planetas rochosos, Mercúrio praticamente não tem atmosfera, Vênus tem quase 100 vezes a aqui encontrada e Marte tem menos de 100 vezes a da Terra. Só que isto está aparentemente dependendo mais do vulcanismo de cada planeta do que da distância que cada um deles está do Sol. Mercúrio, o mais próximo não tem vulcanismo ativo há quase 4 bilhões de anos, Vênus tem 1000 vezes mais vulcanismo que a Terra e Marte também está sem vulcanismo ativo há pelo menos algumas dezenas de milhares de anos.

Assim, o planeta rochoso com menor PA (Mercúrio) é o que está mais próximo do Sol, mas sem atividade vulcânica há mais tempo, e o que conta com maior PA (Vênus), mesmo estando mais distante que Mercúrio, é o que tem maior atividade vulcânica atualmente.

Mas aparentemente o melhor padrão comparativo é entre a Terra (~100 KPa) e a Lua (1 micro Pascal), igualmente distantes do Sol mas com pressões atmosféricas muito diferentes, mesmo tendo acelerações gravitacionais não muito diferentes (9,8/1,6 m/s2 respectivamente), pois a Lua jamais teve atividade vulcânica própria conhecida e a Terra tem até hoje.

Isto sugere que a PA de cada planeta não depende essencialmente nem da gravidade e nem da pressão externa, e sim da emissão de gases pelo próprio planeta.

Só que, sem o confinamento adequado, estes gases seriam sugados pelo espaço exterior, pois a pressão nele é virtualmente nula e teríamos o mesmo efeito de um aspirador de pó gigantesco, o qual imediatamente equalizaria a pressão próxima à superfície do planeta com a do espaço interplanetário, ou seja, não teríamos PA. [Esta descrição me lembra o papel do Bóson de Higgs, que seria o responsável por impedir que as partículas elementares se desembestem pelo universo à velocidade da luz, permitindo com isto que formem partículas massivas]

Se alguém hipoteticamente esticar uma “mangueira” entre a região próxima à superfície da Terra e o espaço interplanetário, em muito pouco tempo todo o conteúdo da troposfera, a camada mais baixa da nossa atmosfera, vai para o espaço (literalmente) pois a mangueira ligaria diretamente duas regiões de fluidos com densidades muito diferentes, eliminando a ação das descontinuidades que mantêm a nossa atmosfera confinada por aqui (seria o que o pessoal de instrumentação chama de by-pass e os eletricistas e eletrônicos chamam de jump – aliás, me pergunto se um condutor que interliga duas placas metálicas separadas não seria algo análogo aos famosíssimos buracos de minhoca, pois interligam com extrema eficiência dois “universos elétricos” separados, equalizando-os eletricamente).

Este confinamento é necessário para impedir que os gases produzidos pelo vulcanismo escapem de cada planeta, e é feito, não através de uma, mas de várias camadas (troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera) de gases cada vez mais leves, separadas por descontinuidades (tropopausa, estratopausa, mesopausa, termopausa e exopausa) entre cada par de camadas.

Além destas camadas o nosso planeta também possui outras (núcleo interno, núcleo externo, manto, litosfera), formadas por equilíbrio isostático em um processo chamado de diferenciação planetária, e também uma série de fronteiras delimitando-as (descontinuidades de Lehmann, Gutenberg e Mohorovicic).

Estas fronteiras são descontinuidades produzidas por diferentes velocidades de rotação das camadas entre si. Por sua vez as camadas são produzidas pela diferença dos elementos químicos que as constituem, sendo as camadas atmosféricas apenas a continuação de um processo que se inicia no núcleo de cada planeta (e que na minha opinião se estende a todos os níveis, do interior dos prótons até o universo como um todo).

Esta divisão em camadas existe também em outros planetas e corpos celestes, sendo a sua existência uma das condições para que um corpo celeste possa ser (mas não necessariamente) classificado como um planeta, ao atingir equilíbrio hidrostático.

É em função desta extrema regularidade observada em todas as estruturas visíveis, com camadas concêntricas separadas por descontinuidades, produzidas através dos mais simples e bem conhecidos mecanismos físico-químicos, que eu estou extremamente desconfiado que as estruturas não observáveis diretamente tenham a mesma estruturação e mecanismo de funcionamento, em camadas concêntricas produzidas por diferenciação físico-química (que em última instância se resume a densidade), como eu antes disse, abrangendo de prótons a universos inteiros.

Voltando à imensa PA apresentada por Vênus, apesar da gravidade ter algum papel em sua manutenção, e do intenso e poderoso vulcanismo do planeta ser responsável pela produção dos gases, sem algo que funcione como uma contenção, neste caso as descontinuidades entre as diversas camadas, a PA por lá seria similar à de Mercúrio, apenas traços de uma atmosfera.

Considero a responsabilização da força gravitacional pela manutenção da atmosfera dos planetas e de seus satélites como mais uma das lendas a que fomos condicionados a ter como “verdade científica”, da mesma maneira que a velocidade de escape para veículos autopropelidos e outras teorias com altíssima aceitação e sustentação midiática deste início de milênio. Conforme já aqui disse, espero que os pesquisadores do futuro não rolem de rir de nós, mas acho que não escaparemos deste triste destino.

É por estas e outras que penso que...

“A revolução copernicana ainda não terminou”

PS: Quanto ao desvio no eclipse de Sobral, humildemente prefiro considerar que o que teria ocorrido é uma simples e prosaica trajetória curvilínea dos fótons, em vez do espaço-tempo ter-se curvado.
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Wed Jul 18, 2012 7:50 am Post subject:




A notícia é requentada e passou desapercebida. Mas como ela corrobora com a ignóbil hipótese da expansão asnática, com prazer, repasso a matéria aos colegas do fórum do IFUFF...

Telescópio da NASA confirma que energia escura é real
Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/05/2011


Os resultados dão suporte para a principal interpretação sobre como funciona a energia escura, e mais uma vez dão razão a Albert Einstein sobre a gravidade e a constante cosmológica.

[Comentário: o bom velhinho está sempre com a razão... ]


Expansão do Universo

Uma pesquisa que durou cinco anos e cobriu 200.000 galáxias, levou a uma das melhores confirmações de que é mesmo a energia escura que está acelerando a expansão do Universo.

O estudo, que representa um retorno de até sete bilhões de anos no tempo cósmico, usou dados da sonda espacial Galex (Galaxy Evolution Explorer: Exploração da Evolução das Galáxias) e do Telescópio Anglo-Australiano instalado na montanha Siding Spring, na Austrália.

Os resultados dão suporte para a principal interpretação sobre como funciona a energia escura - como uma força constante, afetando uniformemente o Universo e impulsionando sua expansão.

Por decorrência, os dados contradizem uma teoria alternativa, que propõe que seria a gravidade, e não a energia escura, a força que impulsionaria a expansão do Universo. De acordo com esta teoria alternativa, com a qual os novos resultados não são consistentes, o conceito de Albert Einstein da gravidade estaria errado, e gravidade tornar-se-ia repulsiva, ao invés de atrativa, quando atuando em grandes distâncias.

Lei da gravidade revisada pode dispensar matéria escura

"Os resultados nos dizem que a energia escura é uma constante cosmológica, como Einstein propôs. Se a gravidade fosse a responsável, então não estaríamos vendo esses efeitos constantes da energia escura ao longo do tempo," explica Chris Blake, da Universidade de Tecnologia Swinburne, na Austrália, e líder da pesquisa.

Energia escura

Acredita-se que a energia escura domine o nosso Universo, perfazendo cerca de 74 por cento dele. A matéria escura, uma substância não menos misteriosa, é responsável por 22 por cento. A chamada matéria normal, ou matéria bariônica - qualquer coisa que tenha átomos - representa apenas cerca de 4% do cosmos.

A ideia da energia escura foi proposta durante a última década, com base em estudos de estrelas distantes que explodiram, conhecidas como supernovas.

As supernovas emitem uma luz constante e mensurável, o que as torna uma referência inigualável, que permite o cálculo de sua distância da Terra com grande precisão.

As observações revelaram que algo - que veio a ser chamado de energia escura - estava fazendo aumentar a aceleração desses objetos celestes.


O observatório de ultravioleta GALEX (Galaxy Evolution Explorer) foi lançado no dia 28 de Abril de 2003. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Energia escura versus gravidade

A energia escura disputa um cabo-de-guerra com a gravidade.

A teoria atual propõe que, no início do Universo, a gravidade assumiu a liderança, dominando a energia escura.

Cerca de 8 bilhões de anos após o Big Bang, com o espaço se ampliando e a matéria se diluindo, as atrações gravitacionais enfraqueceram e a energia escura tirou o atraso.

Se isto estiver correto, daqui a bilhões de anos a energia escura será ainda mais dominante.

Os astrônomos preveem que o nosso Universo será um verdadeiro deserto cósmico, com as galáxias se distanciando tanto umas das outras que quaisquer seres que viverem dentro delas não serão capazes de ver outras galáxias.

Era da energia escura

Esta é a primeira vez que astrônomos fazem essa checagem cobrindo todo o período de vida do Universo desde que ele foi dominado pela energia escura.

Descoberta primeira evidência da existência da Energia Escura
A equipe começou montando o maior mapa tridimensional já feito das galáxias do Universo distante. Isto foi feito pelo Telescópio de ultravioleta GALEX, que mapeou cerca de três quartos do céu, observando centenas de milhões de galáxias.

O Telescópio Anglo-Australiano coletou informações detalhadas sobre a luz de cada galáxia, o que permitiu estudar o padrão de distância entre elas - ondas sônicas do Universo jovem deixaram marcas nos padrões de galáxias, fazendo com que pares de galáxias sejam separados por aproximadamente 500 milhões de anos-luz.

Essa "régua padrão" foi usada para determinar a distância entre os pares de galáxias e a Terra - quanto mais próximo um par de galáxia estiver de nós, mais distantes elas irão aparecer uma da outra no céu.

Tal como acontece com os estudos de supernovas, estes dados de distância foram combinados com informações sobre as velocidades nas quais os pares estão se afastando de nós, revelando, mais uma vez, que o tecido do espaço está se esticando cada vez mais rápido.

Herschel encontra matéria escura de menos e estrelas demais

fonte:

http://forum.if.uff.br/index.php?sid=cf56ac7f1efdce647a872fc722a38f68
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Robson Z. Conti
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Posted: Wed Jul 18, 2012 9:21 pm Post subject:




Olá Jonas,

É sempre bom quando encontramos dados considerados confiáveis e meticulosamente tomados que vemos como concordantes com nossas teses, mas aprendi a ter muito cuidado com isto.

Quando foi confirmado que as estrelas do pulsar duplo PSR1913+16 estão se aproximando e diminuindo o seu período orbital, foi dado o prêmio Nobel aos pesquisadores por supostamente confirmarem algumas teorias “oficiais” (para variar, as ideias do meu amigo Einstein).

Quando comentei o fato com um conhecido astrônomo do IAG ele imediatamente complementou que o caso dos pulsares confirmava as teses oficiais “e mais umas 50 teorias”, o que tem me levado a externar a minha interpretação de novos dados de forma bem mais cautelosa. Eu mesmo interpreto a aproximação dos pulsares de forma diferente e, no meu humilde ponto de vista, isto corrobora as minhas posições, mas estou ciente de que por enquanto isto é apenas opinião minha, e que pode assim continuar a ser por toda a eternidade.

No caso que você nos apresenta, podemos notar que tanto os partidários do aclamado modelo (oficialmente certo) padrão, fundado na TR, quanto os autores de outras teorias como a Teoria Asnática (TA) ou do Universo Sustentável (US) consideram que os mesmos dados confirmam as suas teorias pessoais (pelo menos estamos procurando sustentação em fatos, e não afirmando que as teorias de nossa predileção estão corretas mesmo contrariando fatos). Ou seja, todo mundo considera que está certo mesmo discordando.

Em relação aos dados apresentados, aparenta-me que a expansão que efetivamente é observada pelos astrônomos é um singelo “aumento das distâncias entre as galáxias”, e nada mais. Não observamos diretamente a expansão de absolutamente nenhum objeto no período de nossas existências, apenas estão aumentado as distâncias entre as mega estruturas cósmicas.

Apesar de alguns poucos pesquisadores defenderem que todas as estruturas estão também aumentando e não apenas se expandindo (a quem interessar possa, é só digitar “Teoria de Expansão da Terra” ou “Expanding Earth theory” nos buscadores da internet), este aumento/expansão seria perceptível apenas em tempos geológicos, ou seja, em milhões de anos, o que estaria, segundo os defensores desta teoria, fazendo o afastamento dos continentes na deriva continental tanto na Terra quanto em outros corpos celestes (alguns de seus defensores negam a subducção e outros a contemplam em suas posições pessoais).

Mesmo que esteja ocorrendo a expansão das estruturas à velocidade da luz, que é o que defendem a Teoria Asnática (TA) e a Teoria da Relatividade (TR), não há como mensurar ou observar este aumento, pois tudo estaria “crescendo junto” e em função disto, todos os padrões de medição cresceriam de forma proporcional e impossibilitariam qualquer comparação.

O que os astrônomos estão observando (o que é muito importante, eles observam a realidade e não a calculam ou imaginam conforme nós fazemos) é que algo está levando as distâncias cosmicamente elevadas a aumentar de forma acelerada, ou seja, a cada momento as distâncias aumentam mais rápido, o que exige energia para tanto, a qual, por ser ao mesmo tempo necessariamente existente e indetectável, é denominada de “escura”.

Pessoalmente considero que um aumento acelerado de distâncias cósmicas em tempos também muito elevados e que se alterou nos últimos 5 bilhões de anos, que é o que os astrônomos estão afirmando existir, não é consistente com um aumento/expansão de todas as estruturas em velocidade elevada e constantemente acelerada, que é o que entendo que é defendido para explicar a força gravitacional.

Apesar de pessoalmente ainda não ter descartado totalmente a minha antiga posição a este respeito (a qual era comodamente concordante com a posição do Einstein, o que é um imenso facilitador na hora de apresentar qualquer tese nos dias atuais), o fato de eu ver contradição entre o que os astrônomos dizem e o que considero que a TR prevê, me deixa com um pé atrás em relação a ela.

Em resumo, da maneira como vejo a situação, os resultados mais recentes apenas confirmam que está ocorrendo aumento em velocidades cada vez maiores das distâncias entre megaestruturas cósmicas, que para isto é necessária energia, que esta energia tem demonstrado ser constante e não consistente com o que se esperaria da força gravitacional, o que levaria a hipótese de uma fonte de energia de origem e constituição ainda indetectáveis e desconhecidos a ser a alternativa que nos resta por exclusão de todas as demais candidatas.

Assim, e sempre correndo o humano risco de estar equivocado, entendo que o que está em um nível de credibilidade e confiabilidade acima de nossas interpretações pessoais é que a energia assim chamada de escura produz o afastamento, mas não o crescimento das estruturas, e muito menos na velocidade da luz, o que, a princípio aparenta-me depor contra as teses que propõem uma realidade desta forma configurada.

Não deixo de notar, no entanto, que os partidários de cada modelo continuam a considerar que os novos dados corroboram as suas teses e, como eles seguramente não o fazem sem motivos para isto, penso que ainda é cedo para formar posições definitivas. É realmente uma pena que os honoráveis mestres do modelo padrão não tenham participação mais ativa e combativa neste espaço. Enquanto isto vamos aguardando a revolução copernicana terminar.

Um grande abraço e boa sorte a cada um de nós (que estamos todos certos... mas discordamos)
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Thu Jul 19, 2012 8:19 am Post subject:




Quote:
Quando comentei o fato com um conhecido astrônomo do IAG ele imediatamente complementou que o caso dos pulsares confirmava as teses oficiais “e mais umas 50 teorias”, o que tem me levado a externar a minha interpretação de novos dados de forma bem mais cautelosa. Eu mesmo interpreto a aproximação dos pulsares de forma diferente e, no meu humilde ponto de vista, isto corrobora as minhas posições, mas estou ciente de que por enquanto isto é apenas opinião minha, e que pode assim continuar a ser por toda a eternidade.


Grato, Robson, pela interessante informação.

A diferença da Teoria do Bom Velhinho e das Outras é que o "lobby" da primeira é muito forte . Isto é "tão verdadeiro" que só fiquei sabendo que Einstein não está com todo esse cartaz quando fui "beber em outras fontes", embora algumas delas são "embriagantes" ...

Sou fã de Einstein desde quando "o conheci", lá pelo 5º ano do primeiro grau. Tentei alucinadamente entender a relatividade do tempo e não consegui. Hoje, sinto-me aliviado em saber que Einstein pode estar equivocado apenas nesta questão.

"O que faz o sucesso da ciência é uma perseguição incansável de uma concordância entre fatos e teorias."

Thomas M. Tauris

Um grande abraço,

Jonas
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Robson Z. Conti
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Posted: Fri Jul 20, 2012 11:43 pm Post subject:




Olá Jonas,

Procurei e li o artigo ao qual você se refere em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=telescopio-nasa-confirma-energia-escura-real pois a afirmação que há um padrão de distância entre pares de galáxias deixou-me interessado e com aquela sensação que eu passei a você, de quando encontramos algo que, na nossa opinião, pode ser coerente com as nossas teorias, se corresponder às previsões que elas propiciam.

Eu tenho postado aqui que, na minha humilde opinião, este universo em que vivemos faz parte de uma célula cósmica bem maior, o qual teria o formato mostrado no link abaixo.

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:UniversosParalelos.png

Esta conjectura propõe que teríamos um universo paralelo ao nosso, de forma que cada um deles teria uma aparência similar a uma descomunal galáxia espiral, e a alusão a existirem pares de galáxias com distâncias padrão me levou a investigar esta “pista”, pois também considero existir uma analogia muito estreita entre todas as estruturas, o que transformaria este universo em um imenso fractal.

Em função desta suposta analogia, eu sempre estou a procura de evidências de que há estruturas análogas em todas as escalas, de prótons a universos. Como se pode notar pela figura do link acima postado, ela tem formato muito similar a

átomos...
http://daugerresearch.com/orbitals/index.shtml
http://www.falstad.com/qmatom/
http://media.photobucket.com/image/atomic%20orbitals/schmutzie_pickles/Orbital.jpg

...campos magnéticos...
http://www.physics.sjsu.edu/becker/physics51/images/28_03_Earth_magnetic_field.jpg
http://apod.nasa.gov/apod/ap021125.html


...rádio galáxias...
http://www.if.ufrgs.br/oei/cgu/cmna/radiogal3c219.jpg
http://www.everythingselectric.com/images/radio-structure-FRII-radio-galaxy-3C98-lobes-jets-plumes-hotspots-banner.jpg

...pulsares...
http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2002/24/image/a/

...quasares...
http://www.eso.org/public/images/eso1122a/

...nebulosas bipolares...
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/Boomerang_HST_big.jpg
http://antwrp.gsfc.nasa.gov/apod/ap971223.html
http://www.spacetelescope.org/images/html/opo9607a.html

...buracos negros...
http://www.nasa.gov/images/content/153309main_hidden_blackhole_lg.jpg
http://www.nasa.gov/centers/goddard/images/content/96552main_jet_schematic.jpe

...manchas solares...
http://www.solarphysics.kva.se/highlights/djess-alfven/
http://www.solarphysics.kva.se/gallery/images/2003

...sistemas estelares...
http://herschel.jpl.nasa.gov/solarSystem.shtml

...furacões...
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hurricane_profile_graphic.png
http://earthobservatory.nasa.gov/Library/Hurricanes/
http://www.hurricanescience.org/images/hss/comet-x-section.png

...células de convecção e plumas de manto no interior da Terra...
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKp5kc_dXWdvsAsbkN2QlPqFv63JL_x3MM5yBDtLcrVDCdVIyu4D_5dLVG5CGzcqfOHlTlPmX0B5-FKCjMa7PS7WAztpvgSVAhkHbLKLbs9NOXnD5t9Yyx5Haoq-5NSblwTMqBpqTp1-KU/s320/010125090821-sobolev_2_gross.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Oceanic_spreading.svg/600px-Oceanic_spreading.svg.png

...células de convecção na atmosfera terrestre...
http://www.srh.noaa.gov/jetstream//global/images/jetstream3.jpg

...ou de Vênus...
http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4907866.stm (http://rst.gsfc.nasa.gov/Sect19/Sect19_7.html)
http://www.lunarplanner.com/HCpages/Venus-Express.html

...explosões de supernova...
http://www.nsf.gov/news/news_images.jsp?cntn_id=104440&org=NSF

e conglomerados de galáxias.
http://universe-review.ca/I03-01-galaxies.jpg

Isto me levou a vislumbrar a possibilidade de que algumas galáxias espirais também se posicionassem em pares, posicionando-se uma em relação à outra da mesma forma que os universos paralelos estão mostrados no primeiro link postado neste texto [http://commons.wikimedia.org/wiki/File:UniversosParalelos.png], o que seria coerente com a minha tese de que é tudo igual, fractal e no formato de células de convecção, em geral bipolares.

Infelizmente não consegui informações adicionais sobre estes pares de galáxias, de forma a permitir-me conhecer o que as levaria a se posicionarem em distâncias padrão, em que sentido elas seriam alinhadas, o que definiria a sua parceria, se haveria simetria entre elas, seus sentidos relativos de rotação e outros detalhes que poderiam confirmar ou desmontar minhas teses.

No fim não consegui informação alguma mas vou tentar um pouco mais (vou tentar consultar os universitários assim que possa). De qualquer modo, muito o agradeço pela informação.

Um grande abraço e boa sorte a todos nós
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O mundo é simples, é tudo igual, é tudo célula de convecção.

Jonas Paulo Negreiros
Candidato ao Nobel



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Posted: Mon Jul 23, 2012 4:11 am Post subject:




Oi, Robson!

Muito interessante a galeria de imagens apresentada na última postagem da página anterior.

Mando mais duas para você:


Liquidificador

   


 



Liquidificador em Saturno
   

http://photojournal.jpl.nasa.gov/browse/PIA09187.gif

fonte:

Conspiração Cósmica

http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=6644
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Bertrand Russell

Robson Z. Conti
Pesquisador Senior



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Posted: Mon Jul 23, 2012 9:33 pm Post subject: Parabéns e obrigado




Em primeiro lugar parabenizo ao Jonas por ter atingido a invejável classificação de “Candidato ao Nobel” aqui no fórum da UFF (como nenhum de nós é candidato, esta classificação fica meio estranha, se parte dos administradores do fórum).

Em seguida desejo agradecer ao mesmo Jonas pela informação a respeito dos vórtices no polo norte de Saturno. Eu já conhecia este detalhe, mas agora ele veio em um momento no qual tenho mais informações e acompanhado de um link, onde verifiquei ainda mais dados postados por pessoas várias e outros links. O mais interessante é que no link indicado também acessei o conteúdo de um antigo link, cujo conteúdo, agora alterado, também me levou ao conhecimento de detalhes a mim desconhecidos, mas que me deixaram muito feliz por tê-los encontrado.

No link que o Jonas informou [http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=6644] eu encontrei antigas trocas de opinião entre, dentre outros, o Jonas, o Bosco e o mestre Penna. Em algumas das postagens daquele tópico, o Bosco defendeu a ideia de que os campos, de que ele tanto fala a ponto de ter como “mote” que “tudo é campo” seriam em formato de vórtices, como se pode ver a seguir.

Muito se esclarece conforme podemos analisar, quando observamos vórtices na superfície da água.
Vários vórtices numa piscina formam um universo de vórtices.
O vórtice da piscina é uma estrutura extremamente simples determinada por um efeito cuja existência depende apenas do movimento da água.
O mesmo ocorre com vórtices atmosféricos, que ocorrem no interior de uma massa de ar.

Se compararmos os vórtices de qualquer natureza, com a distribuição de um campo gravitacional no "espaço", poderemos perceber, com algum esforço que a analogia procede. É assim que faço.

Parece que um vórtice tem a capacidade plena (do ponto de vista da quantidade de informação) de localizar outros vórtices, e interagir com eles, assim como ocorre com campos gravitacionais oriundos de partículas puntiformes.
Perceba também que estes vórtices não têm nada dentro, algo material tal como uma hélice por exemplo, que os motive, e é este detalhe que justifica minha frase e me impulsiona a fazer este tipo de comparação.

Se Newton, pai da lei de gravitação, fizesse esta mesma síntese entre campo e matéria, teria solucionado o enigma do balde, e de quebra percebido que o seu indispensável referencial aparentemente absoluto, se tratava apenas do campo gravitacional de cada partícula da água confinada, funcionando como uma espécie de extensão dela, para além dós limites impostos pelo balde.
Lembre que as camadas de ar ou de água funcionam como base para os vórtices, mas não funciona como referencial para eles.

O referencial autêntico de cada partícula, assim como no caso do vórtice, reside em sí própria, e é determinado pela distância que separa seu centro, de sua periferia, desde que partícula ou matéria possa ser considerada campo gravitacional, pois campo e vórtice são estruturas extensas, não rígidas, que portanto viabilizam esta suposição.

Sempre que movemos o centro que emana o campo gravitacional, através de uma força aplicada na partícula material que o define, alteramos momentaneamente a distância que separa este ponto, de qualquer outro da sua periferia ou extensão, que tem dificuldade de reagir simultaneamente dada a falta de rigidez intrínseca.
Portanto a zona periférica de um campo gravitacional, funciona para o seu centro como um genuíno referencial, e pensando desta forma, concluímos diferentemente de Mach, que se subtrairmos as estrelas do céu, mesmo assim cada partícula preservará sua inércia, pois para isto dependem apenas da distribuição do seu próprio campo gravitacional ao redor do seu centro.

Creio que a matéria além apresentar uma natureza extensa, também seja omnipresente.

Muito tenho falado aqui de vórtices, na forma de tempestades ciclônicas (furacões) e VCANs (Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis), os quais considero estruturas análogas aos campos nucleares, eletromagnéticos e gravitacionais, porém em escala cotidiana, da mesma maneira que considero galáxias espirais, rádio-galáxias, pulsares, quasares e nebulosas bipolares a sua contrapartida em escala astronômica.

A própria maneira como vejo este universo é a de uma imensa célula de convecção bipolar, conforme pode ser visto em http://commons.wikimedia.org/wiki/File:UniversoSustentavelFluxoEnergiaEscura.png

Em alguns textos eu chamei estas estruturas de Vórtices Ciclônicos Auto Sustentáveis (VCAS) ou Vórtices Ciclônicos bi-orientados (VCBO), pois a rotação em planos ortogonais levaria a rotação horizontal a produzir a rotação vertical e vice-versa, tal qual é previsto pelas equações de Maxwell, e proporcionaria estabilidade às referidas estruturas.

Propus também a existência de um princípio de identidade entre as várias escalas em que o Universo é dividido, de forma que o mundo micro teria a mesma estruturação, como se pode ver em http://commons.wikimedia.org/wiki/File:CelulaBipolarProtonQuarks.png e que tudo seriam células de convecção, algumas delas ciclônicas e formando vórtices defasados de 90 graus, tal qual as tão afamadas ondas eletromagnéticas, tanto que o meu “mote” é que “É tudo igual, é tudo célula de convecção”.

Já o nobre colega Bosco, de forma totalmente independente, também propôs que os campos teriam formato de vórtice e considera que tal configuração pode explicar as interações entre eles, com a diferença que aparentemente ele os vê de forma bidimensional, enquanto eu os vejo como estruturas espacialmente distribuídas e com um princípio de funcionamento bem definido, aquele que os furacões apresentam e que foram fundamentalmente explicados na postagem http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=7967#7967.

Outro detalhe que diferencia a minha abordagem da do nobre colega é que ele, perfeitamente alinhado com as teses com maior aceitação nos dias atuais, considera que campos são a base fundamental sobre a qual a estrutura do pensamento científico está apoiada, sendo portanto irredutíveis (o próprio Marcelo Gleiser diz que "vale lembrar que, na física moderna, as entidades essenciais são os campos"), enquanto eu tentei aprofundar a investigação e entender o que produz os campos e o mecanismo de funcionamento dos mesmos, chegando a conclusão pessoal que eles seriam exatamente células de convecção com rotação de partículas em sentidos ortogonalmente dispostos em relação ao outro, os tais Vórtices Ciclônicos bi-orientados acima descritos.
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Last edited by Robson Z. Conti on Tue Jul 24, 2012 8:55 am; edited 3 times in total

Robson Z. Conti
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Posted: Mon Jul 23, 2012 9:47 pm Post subject:




Pois bem, coincidentemente, no mesmo tópico (CONSPIRAÇÃO CÓSMICA) há um link, o http://physicsworld.com/cws/article/news/2006/may/12/new-look-for-newtons-bucket, postado pelo mestre Penna (muito obrigado mestre), o qual me forneceu mais subsídios para, NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, considerar que as analogias que tenho feito estão sendo confirmadas por observações e experimentos.

No referido link podemos observar as seguintes figuras

http://images.iop.org/objects/phw/news/10/5/8/060508.jpg (figura 1)
The setup, consisting of a stationary Plexiglas cylinder of radius 19.4 cm with a circular plate that is rotated by a motor (image courtesy: Phys. Rev. Lett. 96 174502).

http://images.iop.org/objects/phw/news/10/5/8/0605084.jpg (figura 2
Typical examples of polygons in water, as seen from above: (a) "triangle" (b) "square" and (c) "pentagon".
For more pictures and a video of the transition, ...
Image courtesy: Phys. Rev. Lett. 96 174502.

http://images.iop.org/objects/phw/news/10/5/8/0605083.jpg (figura 3)
Triangle formed spontaneously on the surface of ethylene glycol in a cylindrical container over a rotating plate (image courtesy: Phys. Rev. Lett. 96 174502)

http://images.iop.org/objects/phw/news/10/5/8/0605084.jpg (figura 4)
A rotating square on water. Note the vertical vortices just outside of the corners (image courtesy: Phys. Rev. Lett. 96 174502)

Pois esta também é uma das analogias que tenho feito para explicar a formação, a constituição e o funcionamento do nosso universo e das coisas que nele existem, todas elas sendo células de convecção cujas substâncias constituintes adquiriram rotação em sentidos ortogonais e, em função disto, estabilidade, o que explicaria a identidade entre todas as estruturas estáveis, qualquer que seja o tamanho delas, pois teriam sido produzidas pelo mesmo mecanismo. É mais ou menos como o nobre colega Bosco coloca em seu antigo texto, afirmando que “vários vórtices numa piscina formam um universo de vórtices”, o que é exatamente a maneira como eu vejo este universo e as coisas nele existentes.

No final de agosto de 2010 eu escrevi que “...o conjunto de superaglomerados de galáxias (galaxy superclusters), alternadamente dispostos em relação a supervazios (supervoids), estaria formando uma estrutura que seria como as pás de um circulador ou misturador que, ao girar, ao mesmo tempo que expulsaria material das regiões centrais e, em seguida, recolheria o material da superfície do vórtice, reconduzindo o mesmo às pás onde seria novamente impulsionado por elas, porem sempre sendo afastado do olho de maneira submersa e retornando ao mesmo olho na superfície. Como em um imenso liquidificador”, que é o que é mostrado nas figuras acessáveis através dos links acima.

Um link que considero interessante é o que mostra a alta atmosfera de Júpiter
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/76/PIA02863_-_Jupiter_surface_motion_animation.gif [Fonte: http://photojournal.jpl.nasa.gov/catalog/PIA02863], a qual mostra centenas de vórtices, o que aparenta-me uma miniatura de nosso universo, no qual estaríamos na mesma situação, em uma das camadas mais externas de uma estrutura muito maior, curva, do que não teríamos como desconfiar a princípio, pois a luz se deslocaria de acordo com a curvatura da estrutura, da mesma maneira que os gases de nossa atmosfera o fazem (e também em Júpiter), levando-nos a visualizar apenas o que existe naquela camada.

Pode-se notar que em estruturas que são células de convecção, com rotação mono (como vórtices na superfície da água) ou bi-orientada (como furacões) sempre têm uma região diferenciada das demais, olho da mesma. Eu já havia publicado as minhas ideias quando uma das pessoas que a elas tiveram acesso telefonou-me e disse que procurasse informação sobre “um tal de fluxo escuro”, pois ele desconfiava que esta seria a região diferenciada que eu estava prevendo existir em nosso universo.

Na ocasião eu fiquei feliz e com aquela sensação que dá em autores de teses inovadoras e inéditas de que os fatos estão corroborando as nossas teses. Pessoalmente considero que pode ser que estas observações sejam algo que confirme a minha teoria, mas já aprendi que entre eu assim considerar e o sisudo e hermético mundo científico concordar pode haver alguns séculos de diferença.
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Robson Z. Conti
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Posted: Mon Jul 23, 2012 10:55 pm Post subject:




Hoje mesmo, seguindo um dos links fornecidos, verifiquei feliz que mais um experimento, NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, confirma algumas de minhas ideias.

http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/05/11/veja-o-que-ocorre-com-areia-agitada-na-horizontal/

Neste link há uma matéria e um vídeo, mostrando o surgimento de uma célula de convecção em material granulado, quando o mesmo é submetido a agitação horizontal em determinada frequência, o que está no artigo descrito da forma a seguir.

Agitados na horizontal, os grãos se deslocam mergulhando junto às paredes do recipiente e emergindo na região central. À medida que os grãos se movimentam, o conjunto se expande lentamente e ocupa um volume maior na área central da bandeja. Em seguida, os grãos sofrem um colapso abrupto e retornam ao volume original.

Quem assistir ao vídeo claramente observará a formação de uma célula convecção de Bernard, com a típica região diferenciada ao centro, conforme aliás está descrito no texto copiado da artigo, acima mostrado.

Outro detalhe que considero fundamental é que, de modo coincidente com a minha maneira de ver alguns fenômenos bastante controversos, está escrito que “os grãos sofrem um colapso abrupto e retornam ao volume original ”.

Eu já tratei deste assunto em outros textos, nos quais externei que considero que a transição de orbitais e a emissão de fótons como eventos que decorrem do colapso de um elétron (também ele um Vórtice Ciclônico Auto Sustentado), o qual seria uma tentativa de equalização nas camadas concêntricas em torno dos átomos, da mesma maneira que células de Hadley, Ferrel e Polares, e também tempestades ciclônicas de grandes proporções como furacões e tufões, fazem na atmosfera terrestre.

Já no link http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/05/11/misterios-da-areia/, temos que
Michael Faraday, mais conhecido pelos trabalhos sobre o eletromagnetismo, também fez experiências com materiais granulares.” Em seus testes, o físico inglês se perguntou: como caracterizar quando os materiais granulares se comportam como sólidos e quando agem como fluidos, escorrendo de uma ampulheta, por exemplo?

No decorrer das discussões e das reflexões, eu tenho chamado o meu modelo de universo de várias maneiras, de modo a que fossem passados através do nome alguns atributos que considero determinantes, seja ele ser multicamadas, sustentável, reciclável, furacão, buraco branco, fractal ou célula de convecção.

Da mesma forma a teoria que trata da constituição da matéria foi de várias maneiras denominada, objetivando salientar características que a tal teoria considera existentes, levado a mesma a ser descrita como multicorpuscular, estruturada ou em núvem.

Em função do acima colocado, a impressão que tenho é que ela também poderia ser descrita como a teoria d’O Universo Granulado, ou Teoria Granulada da Matéria, visto também considerar que todas as estruturas e substâncias são, em última instância, granuladas (à exceção de espaço e tempo).

Se for considerado que as estruturas seriam sempre compostas por partículas elementares (as quais tenho chamado de “préons’), então se elétrons têm densidade na casa de 1013 Kg/m3, ocupam volume tão diminuto e ainda emitem fótons na transição de orbital, a granulação da sua constituição há de ser muuuuuuuuuito diminuta, bem inferior ainda aos próprios fótons, pois estes também seriam granulados com as mesmas partículas que os elétrons.

Se levarmos em conta que os fótons, cuja massa estimada está dezenas de ordens de grandeza abaixo da massa de elétrons, conseguem arrancar elétrons de seus orbitais no efeito fotoelétrico, a sua densidade haverá de ser ainda maior, pois a velocidade está determinada e quantificada de forma clara.

É por estes detalhes adicionais que fico feliz e grato, mas sabendo que partindo de um pesquisador independente, mesmo que os fatos confirmem a minha teoria, ela será considerada apenas mais uma teoria não publicada na prestigiadas revistas científicas que decidem o que tem chance de ser verdade, sem “pedigree’ portanto, a exemplo do que já ocorreu com milhares de outras, até que, caso efetivamente descreva a realidade de forma mais adequada, ela se torne evidente demais para não ser levada em consideração, principalmente se algum centro importante de pesquisas chegar à posição semelhante, como já ocorreu várias vezes na história da humanidade (e o mais chato é que esta é a explicação mais simples, nada pode ser mais simples que ser tudo igual).

Mais uma vez agradeço ao Jonas, ao Bosco e ao mestre Penna (sem desmerecimento aos demais) pelas informações e esclarecimentos que tenho recebido deles.

Um grande abraço e boa sorte a todos nós
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Tue Jul 24, 2012 8:09 am Post subject: Re: Parabéns e obrigado




Robson Z. Conti wrote:
Em primeiro lugar parabenizo ao Jonas por ter atingido a invejável classificação de “Candidato ao Nobel” aqui no fórum da UFF (apesar de, como nenhum de nós é candidato, esta classificação ficar meio estranha, se partir dos administradores do fórum).


Robson, isso só pode ser uma brincadeira do Mestre Penna. O mantenedor desse fórum deve ser Carioca. Tolerância e apurado senso de humor são patentes entre os Fluminenses... (Mestre, cometi algum deslize geográfico?)

De qualquer maneira, é um estímulo aos partipantes do fórum. Vamos todos colaborar com esse espaço democrático!

Robson,
Vou ler com calma as postagens que você fez desde minha última visita. Depois faço meus comentários. Está em cima da hora e tenho que ir para o batente.

[s]
Jonas

Continuação

Oi, Robson!

Há um bom tempo, fiz uma experiência de improviso, para "testar" as propriedades diamagnéticas da água.



A experiência está detalhada no seguinte endereço:

Experiência hidrodinâmica

http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=5777

Hoje resolvi levar o problema adiante, considerando o "mistério do Balde de Newton":




Montei uma "bobina" no corpo de um balde cheio de água.
Essa bobina é apenas uma mangueira de borracha.
Fiz circular água pela bobina, em alta velocidade.

Sabem o que aconteceu com a água do balde?

-Como esperado, nada!

Acho que a melhor explicação para o balde de Newton é balística. Ok,a água que gira dentro do balde, por alguma relação com o "eter" ou sei lá o quê, tende a seguir em linha reta.



Tal como no carrossel, a água não tem outra saída, a não ser "subir".


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O que os homens realmente querem não são conhecimentos, mas certezas.
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Mon Aug 13, 2012 3:19 am Post subject:




Infográfico Asnático


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Robson Z. Conti
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Posted: Mon Aug 13, 2012 9:41 pm Post subject:




Oi Jonas,

Eu não tinha visto a edição que você fez no post http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=8108#8108. Na experiência com a “bobina” em torno do balde, se em vez do balde tivéssemos uma bússola e fossem alteradas a quantidade de “espiras” e a velocidade da água, o que será que ocorreria com o ponteiro?

Voltando ao nosso querido balde, assim como qualquer outra substância, a água segue a “lei do menor esforço” (é como a velha e boa lei de divisão da corrente elétrica, a maior parcela sempre vai pelo caminho onde há menor resistência ôhmica – alias, eu não me lembro de algum evento natural ter contrariado a lei do menor esforço) e, se nenhuma força existir além das preexistentes em determinada situação, a substância se manterá fazendo a coisa mais fácil, ou seja, continuará como está.

E a que tipo de movimento esta “força” se oporia, o qual seria considerado natural para todos os corpos? Seria o movimento retilíneo, o qual, desde os tempos do magnífico Galileu Galilei, é considerado o movimento natural de qualquer corpo não submetido a uma força adicional, na forma enunciada abaixo.

Se um corpo se deslocar em linha reta com certa velocidade, continuará indefinidamente em movimento na mesma direção e com a mesma velocidade se nenhuma força agir sobre ele.

A questão que se coloca hoje, em pleno século 21, é: isto ainda pode ser considerado verdade? Os corpos realmente se deslocam em linha reta, no mundo físico? Alguma coisa em todo este universo efetivamente se desloca em trajetória retilínea se o observarmos por tempo suficiente, de distância adequada, de fora dele, de mais de uma posição (tipicamente de 3), ortogonais entre si ? Em uma análise primordial aparenta-me que não. Mas como explicamos que o princípio continua válido, já que continua. Continua válido porque o que ocorre na natureza é que não existe condição em que nenhuma força age sobre um corpo (o enunciado de Galileu não contemplava a situação em que o corpo está parado, o que foi corrigido pelo grande mestre, Isaac Newton).

Quando as paredes e o fundo do balde iniciam o movimento rotativo, passam a transmitir este movimento às moléculas da água com as quais estão em contato direto, e estas o transmitem sucessivamente às demais, até que “todas” elas estejam acompanhando as paredes.

Se não estivessem submetidas a alguma condição que lhes impusessem dificuldades adicionais, elas se moveriam em linha reta. Se algo (como a parede do balde, por exemplo) adicionar resistência (uma força adicional em relação às preexistentes) a trajetória se alterará de acordo com isto. Como as paredes do balde são suficientemente resistentes, as moléculas da água, não podendo continuar a mover-se de forma retilínea na direção horizontal (exatamente pela resistência oferecida pelas paredes) e nem na vertical para baixo (a maior densidade da água no fundo do balde o impede), só poderão subir pelas paredes, pois é o caminho que menor resistência oferece, apesar da força gravitacional.

Já em relação à oposição entre a TR e a TA, se não estou muito enganado, eu tenho a impressão de que, na opinião dos relativistas, o que produz a deformação do continuum espaço-tempo é exatamente a expansão cósmica. Ou não?
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Wed Aug 15, 2012 3:14 am Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Oi Jonas,

Eu não tinha visto a edição que você fez no post
http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=8108#8108. Na experiência com a “bobina” em torno do balde, se em vez do balde tivéssemos uma bússola e fossem alteradas a quantidade de “espiras” e a velocidade da água, o que será que ocorreria com o ponteiro?


Esta é uma coisa que gostaria de implementar também. Acho que para provocar algum efeito, a "bobina" deveria ter muitas voltas e o tubo da bobina ser muito resistente à alta pressão, a fim de que água pudesser ser propelida à uma velocidade altíssima.
Robson Z. Conti wrote:


Se um corpo se deslocar em linha reta com certa velocidade, continuará indefinidamente em movimento na mesma direção e com a mesma velocidade se nenhuma força agir sobre ele.

A questão que se coloca hoje, em pleno século 21, é: isto ainda pode ser considerado verdade? Os corpos realmente se deslocam em linha reta, no mundo físico? Alguma coisa em todo este universo efetivamente se desloca em trajetória retilínea se o observarmos por tempo suficiente, de distância adequada, de fora dele, de mais de uma posição (tipicamente de 3), ortogonais entre si ? Em uma análise primordial aparenta-me que não. Mas como explicamos que o princípio continua válido, já que continua. Continua válido porque o que ocorre na natureza é que não existe condição em que nenhuma força age sobre um corpo (o enunciado de Galileu não contemplava a situação em que o corpo está parado, o que foi corrigido pelo grande mestre, Isaac Newton).

Quando as paredes e o fundo do balde iniciam o movimento rotativo, passam a transmitir este movimento às moléculas da água com as quais estão em contato direto, e estas o transmitem sucessivamente às demais, até que “todas” elas estejam acompanhando as paredes.

Se não estivessem submetidas a alguma condição que lhes impusessem dificuldades adicionais, elas se moveriam em linha reta. Se algo (como a parede do balde, por exemplo) adicionar resistência (uma força adicional em relação às preexistentes) a trajetória se alterará de acordo com isto. Como as paredes do balde são suficientemente resistentes, as moléculas da água, não podendo continuar a mover-se de forma retilínea na direção horizontal (exatamente pela resistência oferecida pelas paredes) e nem na vertical para baixo (a maior densidade da água no fundo do balde o impede), só poderão subir pelas paredes, pois é o caminho que menor resistência oferece, apesar da força gravitacional.


Também acho que o problema do balde poderia ser resolvido pela "balística" das partículas de água. Mas não é assim que a Mecânica de Newton ou a Mecânica Relacional do prof. Assis explicam a coisa.
Robson Z. Conti wrote:

Já em relação à oposição entre a TR e a TA, se não estou muito enganado, eu tenho a impressão de que, na opinião dos relativistas, o que produz a deformação do continuum espaço-tempo é exatamente a expansão cósmica. Ou não?


Einstein negou a expansão cósmica durante a elaboração da TRG.
Sem querer "puxar brasa para nossa sardinha", a ignóbil hipótese da expansão asnática mereceria melhor atenção daqueles que dominam a TRG, algo que, infelizmente, não é o meu caso.
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Robson Z. Conti
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Oi Jonas,

Você sabe como o Assis vê o problema do balde? Eu sei que ele é partidário das ideias do Mach, mas não sei como ele lida com esta questão.

Pelo que estou informado, a TR propõe a equivalência entre a atração gravitacional e a aceleração. Para produzir a aceleração em todos os sentidos é proposto um espaço-tempo curvo e em expansão. Isto pode ser visto em uma figura que o Hawking colocou na página 17 d’O Universo Numa Casca de Noz para ilustrar o pensamento do Einstein.

[]s
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Robson Z. Conti
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Posted: Wed Aug 15, 2012 3:28 pm Post subject:




Oi Jonas,

Você sabe como o Assis vê o problema do balde? Eu sei que ele é partidário das ideias do Mach, mas não sei como ele lida com esta questão.

Pelo que estou informado, a TR propõe a equivalência entre a atração gravitacional e a aceleração. Para produzir a aceleração em todos os sentidos é proposto um espaço-tempo curvo e em expansão. Isto pode ser visto em uma figura que o Hawking colocou na página 17 d’O Universo Numa Casca de Noz para ilustrar o pensamento do Einstein.

[]s
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Posted: Thu Aug 16, 2012 12:11 am Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Você sabe como o Assis vê o problema do balde? Eu sei que ele é partidário das ideias do Mach, mas não sei como ele lida com esta questão.

Eu tive a felicidade de conhecer pessoalmente o nobre e obcecado Assis.
Ele, não concorda com a TR, e faz uso da mecânica relacional, apoiado na eletrodinâmica de Webber, para provar que a ideia de Mach está correta, ao defender que as estrelas distantes provocam a inércia m da matéria e a curva parabolóide da água no "Balde de Newton".
Lattes o apoiou muito nesta empreitada.
Penso que Assis embarcou numa roubada, embora também pense que iniciativas como a dele purificam e fortalecem o conhecimento.
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Robson Z. Conti
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Posted: Thu Aug 16, 2012 10:59 pm Post subject:




Poxa, o Assis acredita que “ as estrelas distantes provocam a inércia m da matéria e a curva parabolóide da água no Balde de Newton”? Eu bem que gostaria de saber o que o levou a esta posição. Para enfrentar “todo mundo” dentro da Unicamp e da comunidade acadêmica em geral, ele deve estar muito bem fundamentado em termos matemáticos.

Este é outro detalhe. “Todas” as teorias apresentadas pelo pessoal da academia têm robusta sustentação matemática e usam os mesmos fenômenos para fundamentá-las, mas cada um diz uma coisa.

Será que esta sólida fundamentação matemática serve efetivamente para alguma coisa, já que cada um diz uma coisa diferente?

[]s
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Xevious
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Posted: Thu Aug 16, 2012 11:05 pm Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Será que esta sólida fundamentação matemática serve efetivamente para alguma coisa, já que cada um diz uma coisa diferente?

Sabe que a matemática e a bíblia tem similaridades

Pastores de religiões diferentes podem encontrar parabolas na biblia em que um contrariam o outro, e isso com toda fé que tem direito.

Já a matemática também, pq se pode ir por uma linha de pensamento, e se utilizar dos calculos para fundamenta-la, já outra linha, outros cálculos, apesar dos dados inicias podem ser o mesmos.

Eu que sou programador, sei que essa que matemática é exata, é balela, exatidão mesmo, de verdade, só com muito esforço, tanto que todos processadores tem erros, a maioria das vezes é irrisório, mas já tive que fazer programas com cálculos diferentes para processadores diferentes..

Era um programa que criava tabelas de horários dos trens do Trensurb, que é o metro de Porto Alegre, muito cálculo..

Também quando trabalhava com matemática financeira, quando trabalhava numa financeira, conseguia fazer até 5 cálculos diferentes de acordo com o resultado que era "encomendado" e .. nenhum era errado de verdade.. também da pra dizer que nenhum era o certo, na verdade um deles era, mas esse nunca era usado
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Robson Z. Conti
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Posted: Fri Aug 17, 2012 9:54 am Post subject:




Poxa... parece que foi o Jonas(?) quem escreveu que pessoas e números quando torturados confessam qualquer coisa...

Apesar disto, a Matemática é exata. Quem não é exato somos nós e nossas interpretações tendenciosas, quando não casuístas...

O que eu chamei a atenção foi para a validade plena de um recurso que, usado da maneira que se usa, dá razão a teses frontalmente conflitantes em suas proposições, mesmo o recurso sendo intrinsecamente exato.

[]s
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Posted: Fri Aug 17, 2012 6:49 pm Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Apesar disto, a Matemática é exata. Quem não é exato somos nós e nossas interpretações tendenciosas, quando não casuístas...

A matemática é uma ferramenta, assim como a energia atômica pode ser usada em fins diametramente opostos.
Quote:
O que eu chamei a atenção foi para a validade plena de um recurso que, usado da maneira que se usa, dá razão a teses frontalmente conflitantes em suas proposições, mesmo o recurso sendo intrinsecamente exato.

concordo
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Fri Aug 17, 2012 7:55 pm Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Poxa... parece que foi o Jonas(?) quem escreveu que pessoas e números quando torturados confessam qualquer coisa...

Apesar disto, a Matemática é exata. Quem não é exato somos nós e nossas interpretações tendenciosas, quando não casuístas...

O que eu chamei a atenção foi para a validade plena de um recurso que, usado da maneira que se usa, dá razão a teses frontalmente conflitantes em suas proposições, mesmo o recurso sendo intrinsecamente exato.

[]s


Oi, Robson!
Eu não criei esta frase, nem a citação de que a matemática pode ser conduzida para onde se queira. De qualquer maneira, concordo com ambas !

Xevious,
Gostei muito de seus exemplos.
Ambos vêm corroborar com nossas suspeitas !

Bem dito pelo escritor Nelson Rodrigues:
"Desconfie da Coerência."
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Robson Z. Conti
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Posted: Sun Aug 19, 2012 8:41 pm Post subject:




Jonas Paulo Negreiros wrote:
Bem dito pelo escritor Nelson Rodrigues:
"Desconfie da Coerência."

Se, como dizem, toda unanimidade é burra, então o questionamento impede o emburrecimento da sociedade.

[]s
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Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Mon Nov 05, 2012 6:35 am Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Jonas Paulo Negreiros wrote:
Bem dito pelo escritor Nelson Rodrigues:
"Desconfie da Coerência."

Se, como dizem, toda unanimidade é burra, então o questionamento impede o emburrecimento da sociedade.

[]s


"Desconfie da Coerência."
Logo, desconfie da ciência
...
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Last edited by Jonas Paulo Negreiros on Mon Nov 05, 2012 6:36 am; edited 1 time in total

Jonas Paulo Negreiros
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Posted: Mon Nov 05, 2012 6:36 am Post subject:




A expansão asnática, anulação da gravidade e a flecha do tempo.



"A lei que afirma que a entropia cresce tem, ao meu ver, a posição suprema entre as leis da natureza."

Arthur Eddington






O gráficos vistos acima representam onze estágios de expansão do planeta Terra num determinado intervalo de tempo.

Se a Terra cresce ao decorrer do de tempo, não há como anular a sua "gravidade", pois a expansão asnática é uma questão de aumento de energia ou entropia, como desejarem. E este aumento de energia cósmica (abastecida pela energia negra) é irrestível.

Já foi dito que espaço e tempo é uma entidade única, pois eles são indissolúveis.

Através dos dois gráficos da situação anterior, podemos idealizar a flecha do espaço-tempo.



Podemos dizer que na ponta da flecha há muito mais energia que na extremidade oposta.

Podemos dizer que através da variação de calor podemos viajar no tempo. Quando uma régua é aquecida, ela dilata. Logo, a régua avançou no tempo.

Quando um balão de ar quente sobe, isso acontece pois ele deve chegar ao ponto da flecha do espaço-tempo onde encontra seu ponto de equilíbrio energético.


Para saber mais:

Ciência no Cotidiano [7] - Entropia





A flecha quântica do tempo: Por que o tempo não anda para trás

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=a-flecha-quantica-tempo-tempo-nao-anda-tras&
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Robson Z. Conti
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Posted: Mon Nov 05, 2012 8:15 am Post subject:




SE, eu disse SE e duvido muito, um dia for observada a reversão espontânea da entropia conforme a “mecânica estatística” prevê como possível, eu a levo a sério. Até lá, Ave Newton, Ave Kelvin, Ave Maxwell, Ave Lorentz, classicamente.

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Posted: Mon Nov 05, 2012 6:29 pm Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
SE, eu disse SE e duvido muito, um dia for observada a reversão espontânea da entropia conforme a “mecânica estatística” prevê como possível, eu a levo a sério. Até lá, Ave Newton, Ave Kelvin, Ave Maxwell, Ave Lorentz, classicamente.

[]s



Amém!


Mecânica Estatísta: Só funciona com meu BR-800: É fácil prever quando vai quebrar
!

Prefiro a saída pela expansão cósmica indefinida, afinal o espaço poderá estar sendo construído ao longo da eternidade. Estaremos sempre começando, se nunca faltar energia negra...

E nada de morte térmica
!
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Robson Z. Conti
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Posted: Tue Nov 06, 2012 9:22 am Post subject:




Conforme tenho defendido, ao que parece os pesquisadores com acesso aos dados mais atualizados e que têm uma perspectiva histórica e geográfica dos conceitos, estão começando a perceber que os últimos experimentos estão montando um cenário perigosamente parecido com o que havia um século antes, tanto que o Gleiser está anunciando a morte do nada e a ressurreição do éter, conforme se pode conferir em... http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/1179527-a-morte-do-nada.shtml

O grande quebra-cabeças está finalmente começando a mostrar as figuras com definição suficiente para serem percebidos detalhes, e parece que estes detalhes vão nos levar à sólida e cristalina física clássica, tanto para o nosso ambiente, quanto para os ambientes cósmico e intra-atômico, de forma que será tudo simples e tudo igual.
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Posted: Tue Nov 06, 2012 11:23 am Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
parece que estes detalhes vão nos levar à sólida e cristalina física clássica

Sim

pode ser que a física quantica seja a maior piada científica de todos os tempos

a época em que cientístas criaram uma abordagem totalmente desconexa da ciência vigente, só porque, conseguiram dados incompletos nas suas experiências
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Posted: Tue Nov 06, 2012 1:56 pm Post subject:




Xevious wrote:

pode ser que a física quantica seja a maior piada científica de todos os tempos

As maluquices da mecânica quãntica, não são dela, mas da própria relidade da natureza.
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Last edited by Bosco on Tue Nov 06, 2012 6:59 pm; edited 1 time in total

Robson Z. Conti
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Posted: Tue Nov 06, 2012 4:11 pm Post subject:




Oi Bosco,

Não fui eu quem escreveu que “pode ser que a física quântica seja a maior piada científica de todos os tempos”, motivo pelo qual solicito sua gentileza e especial atenção em fazer a alteração na sua postagem anterior (apesar de considerar possível que algumas interpretações que são dadas a resultados experimentais possam acabar desta forma).

Você já deve ter notado que eu não morro de amores pela teoria quântica, mas sendo ela fundada em observações, não estará totalmente equivocada. Há uma série de conceitos, tais como a emissão de radiação em pacotes discretos, que estarão corretos sempre. O problema são algumas interpretações (justamente as mais aceitas hoje na academia e alardeadas para o restante do mundo, cujos membros ficam totalmente indefesos diante das equações que “provam” até mesmo que “a” é diferente de “a”) e a afirmação antes categórica de que algo poderia surgir do nada (ainda bem que estão finalmente percebendo que o nada não existe e deixando de lado este disparate, conforme o artigo do Gleiser
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/1179527-a-morte-do-nada.shtml ). Nem o meu amigo Einstein engolia este tipo de interpretação, a qual combateu por quase 30 anos, no que era acompanhado por Schroedinger.

De qualquer modo, pelo que temos observado, com o princípio da incerteza começando a dar sinais de fraqueza, o que pode ser visto em
http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2012/popular-physicsprize2012.pdf, com o nada finalmente ganhando atestado de óbito (conforme link para o artigo do Gleiser, mais acima) e com a dualidade onda-partícula sendo investigada de forma que já se pode prever que ela seja independente de nossas vontades, e não objeto de escolha do pesquisador (mas que disparate!), como se pode ver em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=dualidade-onda-particula&id=010115121102 , em algum tempo (espero que em pouco) teremos uma nova física, bem mais simples e menos paradoxal que os absurdos que algumas interpretações nos tem levado a crer, em pleno acordo com as ideias dos grandes mestres, que sempre apostaram em uma natureza fundamentalmente simples.

[]s

* Estou copiando e postando os tópicos completos deste fórum, de cujo debate eu participei, no blog
http://ouniversosustentavel.blogspot.com.br/ para consulta. Vou tentar salvar também os demais tópicos e depois postá-los.
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Posted: Tue Nov 06, 2012 7:05 pm Post subject:




Robson Z. Conti wrote:
Oi Bosco,

Não fui eu quem escreveu que “[i]pode ser que a física quântica seja a maior piada científica de todos os tempos

Não foi mesmo, errei na hora de redigir. Já corrigi.
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Xevious
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Posted: Wed Nov 07, 2012 5:03 pm Post subject:




Bosco wrote:
As maluquices da mecânica quãntica, não são dela, mas da própria relidade da natureza.

Só são maluquices enquanto não as entendemos..
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Xevious wrote:
Só são maluquices enquanto não as entendemos..

Bem observado.
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Robson Z. Conti
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Posted: Wed Nov 07, 2012 10:41 pm Post subject:




Conforme mais acima declarei, não morro de amores pela Teoria Quântica, especialmente pelas mais populares interpretações que se tem dela atualmente. Só que estas interpretações apenas são modos muito peculiares com que alguns pesquisadores de renome passaram a interpretar os dados de baixa qualidade que tínhamos e ainda temos (só agora estamos começando a mudar isto) a respeito do mundo intra-atômico, e não exatamente toda a Física de Partículas ou nem mesmo toda a Mecânica Quântica, a qual possui conceitos válidos e validados tanto por experimentos quanto pela razão (alguns, na ânsia de fazer valer resultados de experimentos, medições e equações, acabaram por esquecer que o que nos torna humanos é o fato de sermos racionais e desdenharam da razão, propondo cenários paradoxais o suficiente para que uma parte dos físicos de renome da época, dentre os quais Lorentz, Einstein, Schroedinger e até mesmo o próprio Planck, refutassem de forma algumas vezes até violenta estas interpretações “peculiares” que tanto sucesso fazem hoje na massa da academia e na midia).

Mesmo o Bohr, o maior divulgador e defensor destas interpretações peculiares, disse que “quem quer que não fique chocado com a teoria quântica, não a conhece”, o que me deixa um pouco desanimado quanto à possibilidade de a entendermos nos moldes que ele nos apresentou (sempre lembrando que não só destas interpretações vive a Física de Partículas ou a própria Mecânica Quântica). Ainda assim, mesmo estando na minha opinião pessoal equivocadas, como estas interpretações peculiares (em geral chamadas de esquisitas) são fundadas em observações e experimentos muito bem elaborados, o núcleo da teoria, a emissão quantizada de radiação pelos átomos, a explicação para o efeito fotoelétrico pelo choque de fótons com elétrons e as bandas (camadas) energéticas nos átomos não podem ser contestadas. Em uma situação intermediária estaria a dualidade onda/partícula, a qual é considerada pela corrente majoritária uma esquisitice que depende do pesquisador, mas que, na minha humilde opinião, é algo real e simultâneo, da mesma maneira que uma onda oceânica é uma perturbação que propaga-se no espaço (já que é onda) mas é composta por partículas (moléculas) e, em geral, produz efeitos que normalmente se atribui a corpos.

Também reafirmando uma posição já aqui externada, entendo que quando finalmente tivermos uma teoria completa (ou quase), acabaremos por perceber que há uma grande quantidade de teorias que estão parcialmente corretas ou mesmo essencialmente corretas, as quais deverão se ajustar através da eliminação de alguns exageros esquisitos para que se encaixem como as peças de um imenso quebra cabeças, o que levaria o núcleo de uma série de teorias a descrever adequadamente parcelas da realidade, e não apenas duas ou três teorias como hoje é crença mais popular, as quais perderiam a exclusividade e ganhariam a companhia de outras teses na descrição da natureza, que no meu entender é simples e natural, e não esquisita como estamos considerando do início do século XX para cá.

[]s

* Em vista da desativação do fórum do IFUFF, estou copiando e postando os tópicos completos deste fórum, de cujo debate eu participei, no blog
http://ouniversosustentavel.blogspot.com.br/ para consulta. Vou tentar salvar outros tópicos e depois postá-los.
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